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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

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Estas fotos foram tiradas quando passava em frente ao Hospital Emílio Ribas no dia 25/04/2012
A mobilização agora é contra o fechamento dos leitos no CRT-DST/Aids em São Paulo, segundo a diretora de marketing da Anima, Tica. O Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids trata-se de uma instituição com quase 30 anos voltados à atenção das pessoas que vivem com HIV/Aids promovendo um atendimento diferenciado, conta ainda com a capacitação de profissionais e como sede do Programa Estadual, coordena as ações direcionadas a prevenção e a distribuição de insumos de todo o Estado de São Paulo.

Já havíamos acompanhado o fechamento da Casa da Aids, onde seus 3200 pacientes foram transferidos para o Hospital Emílio Ribas. A coordenadora da Anima, Renata Brandoli, em conjunto com alguns jovens atendidos no projeto Anima Jovem participaram diretamente das manifestações contra seu fechamento.

A Coordenadoria do Controle de Doenças (CCD) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, confirma que existe a proposta para a transferência dos leitos do CRT também para o Hospital Emílio Ribas. Seu argumento é que o número reduzido de leitos não é resolutivo para casos de maior complexidade, ou seja, para os casos em que o paciente necessita de novas tecnologias como tomografia ou ressonância magnética, por exemplo. Segundo Alexandre Gonçalves, do Programa Estadual, o CRT não tem interesse em mover este leitos, “conseguimos prestar assistência a maioria dos casos que chegam até a instituição”, comenta.

Acompanhamos também que o tema saúde tem sido discutido entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, apontada pelo jornal O Estado de São Paulo como “uma das áreas mais problemáticas para a população”. Nesta linha temos um Emílio Ribas com falta de fraldas e medicamentos, como omeprazol, lasix e diazepam, faltam equipamentos e profissionais em diversas áreas, seu espaço físico está degradado, oferecendo péssimas condições de trabalho e atendimento. “O convênio com a Fundação Faculdade de Medicina só veio agravar esse quadro. Quem paga o preço são os trabalhadores e pacientes. Os trabalhadores, antes concursados e com 40% de insalubridade e jornada de trinta horas vão perdendo espaço para a Fundação - cujos interesses estão longe daqueles representados por saúde universal e gratuita - que contrata com jornada quarenta horas semanais e pagamento de 10% de insalubridade”, escreve o site Fórum Popular de Saúde.

Somados a isso, muitas pessoas que vivem com o HIV/Aids enfrentam graves dificuldades com as doenças oportunistas e consequências relacionadas aos efeitos colaterais dos antirretrovirais que, em muitos casos evoluem para diabetes, hipertensão, dislipidemia, síndrome metabólica... Não é preciso muita explicação para saber o resultado de um atendimento mal feito ou após a espera de 2 ou 3 dias para ser realizado.

A saúde não é tema somente daqueles que elegemos para supostamente nos representar, estamos todos no mesmo barco. E pelo que parece, afundando! Somos parte da luta por direitos, pela garantia da equidade, universalidade e integralidade (princípios do SUS). Para fechar, segue o imperativo, cantado pela Nação Zumbi: “Posso sair daqui para me organizar, posso sair daqui para desorganizar” (Da lama ao caos - Chico Science). 



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