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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Muro do hospital Emílio Ribas volta a ser pichado com frases preconceituosas




Esta história, compartilhada pela Renata (Anima Jovem), parece ter iniciado assim: a pichação que trazia os dizeres “Brasil Nazista”, segundo comerciantes locais, teria sido feita há cerca de um mês. Esta frase tentava encobrir uma pichação anterior, que ainda podia ser lida: “Por um mundo mais colorido”, e alguns símbolos anarquistas. Ao que parece, a frase sobre o mundo mais colorido pode estar ligada a um movimento chamado de anarcopunk, este grupo contrariando o pré-conceito que muitos tem sobre o anarquismo e o movimento punk, pregam o combate ao racismo e à homofobia. Já a outra frase é provável ter origem de um movimento skinhead, denominado como white power que traz como ideologia a supremacia de uma raça, neste caso as pessoas brancas, sobre as outras, ligados a um movimento neonazista. O encontro entre os dois grupos, invariavelmente, acaba em confusão. Importante ressaltar também que nem todo grupo skinhead é homofóbico ou racista, cita-se como exemplo o grupo denominado RASH (Skinheads Anarquistas e Comunistas), que informam no seu blog acreditarem na igualdade entre todos os seres humanos sem preconceito de classe, cor ou orientação sexual. 
Na última sexta-feira (18/11) o muro do hospital voltou a ser pichado com frases nazistas, os funcionários do hospital fizeram um mutirão para pintar o muro e apagar as frases. O fato destas ações se darem justo no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, talvez não seja tão ao acaso assim. O hospital é referência no tratamento de doenças infecciosas no país, incluindo a aids. Não é preciso ir muito longe para lembrar que a aids no começo da epidemia, início dos anos 80,  estava muito associada de uma forma pejorativa aos homossexuais, uma das mensagens pichadas era “fora bichas”. Citamos o último Para compartilhar que falava sobre algumas motivações da homofobia.
O problema talvez não seja pertencer a um grupo (seja ele qual for), mas sim, acreditar que a intolerância seja de fato uma bandeira a ser seguida.

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